quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Vergonha de ser honesto

"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”.

Ruy Barbosa 




quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Ainda que...


Ainda que estivéssemos
Face a face
Não haveria mais a mesma estima
Nem o mesmo enlaçe

Foi sufocado pela razão
Esse nosso sentir
Foi deixando de ser nosso
Assim que o fomos deixando sucumbir
Caía uma pétala de nossa flor
A cada dia que passava
Queríamos viver intensamente tudo
Não cuidamos de mais nada

Mas se hoje eu me encontrei
Foi porque ontem lhe deixei
Não perco mais tanto do meu tempo a me perguntar
Se meu coração ainda há de encontrar um lar.


Isadora Da Silveira Calônico

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Tempos de oclocracia







"É uma pena que no Brasil a democracia não funcione; De nada adianta dar o poder de voto a um cidadão que ainda não desenvolveu a capacidade de discernimento e de entender o que significa o próprio voto e a importância que ele vai ter para os próximos 4 longos anos, isso não se obtém pelo simples fato de ter mais de 18 anos. Antes de tudo, é preciso que se ensine o povo a votar! Eleição após eleição nós podemos ver que o candidato escolhido por esse povo é normalmente aquele que gasta mais dinheiro em sua campanha, seja fazendo propagandas ou comprando votos. E a consequência de eleger esses políticos nós já sabemos há muito tempo. É muita inocência acreditar que uma pessoa que gastou tanto do próprio dinheiro (podendo ultrapassar milhões de reais) tenha feito isso para poder ajudar o povo, pelo contrário, a política tem sido vista por muitos como uma grande bolsa de investimentos, onde o candidato investe seu patrimônio para que caso eleito consiga multiplicá-lo as custas do dinheiro do povo e projetar-se financeiramente. Quando se fala de política é muito comum ouvir alguém falar que está desacreditado e que não existe político honesto, 'político que preste'. Isso é algo que eu descordo, pois assim como existem médicos bons, existem médicos ruins, assim como existem bons professores, existem professores ruins e assim como existem bons candidatos, existem sim candidatos 'pessimamente' ruins. Toda profissão tem seus trabalhadores bons e ruins, a grande diferença é que quando vamos a um médico queremos sempre o melhor, para curar nossas doenças. Quando vamos colocar nossos filhos em uma escola, procuramos aquela com os melhores professores para educá-los com qualidade. Mas quando vamos votar, escolhemos aqueles políticos que nos ofereceram algum tipo de benefício (alguns metrinhos cúbicos de terra, um trocado para colocar uma placa, um emprego, ou alguns litrinhos de gasolina), dessa forma elegemos, na maioria das vezes, os políticos ruins. Nós estamos fazendo governos ruins, e não é por falta de candidatos, é por falta de conhecimento e por que com mais de 20 anos de democracia propriamente dita ainda não aprendemos a votar. Penso que política não pode ser profissão, não podemos depender de políticos que têm no governo sua fonte financeira. Política deve ser vocação, saber governar e querer fazer o bem. Só para deixar claro, apesar de os resultados mostrarem que a democracia não está funcionando (liguem a televisão e leiam as notícias para saber as corrupções em que seu 'político'se envolveu) eu sou absolutamente a favor da democracia, pois um país que viveu os anos da ditadura não deve voltar a cometer erro semelhante. Além de tudo, na democracia somos nós que escolhemos os candidatos, somos nós que damos poder a eles. 'não podemos chorar pelo leite derramado', temos que arcar com as consequências.     

Em resultados políticos tenho pena do Brasil, Não dos brasileiros!"

Bruno S. da Silva

Graduando em Medicina
pela Universidade Federal de Santa Catarina