quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Milhões de milhares

Milhões de milhares. Bilhões de humanos aqui e agora. Milhões à sombra do desemprego. Milhões de famintos no dia de hoje. Milhões no inferno da violência doméstica. Milhões de aidéticos. Milhões no vale da depressão. Milhares morrendo de câncer na crueza do agora. Milhões se afogando prazerosamente nas drogas e no álcool. Milhares de abortos e vidas não vividas. Milhares de suicídios. Milhares de homicídios. Milhões nas mãos de milhares e miséria nas mãos de bilhões. Tudo tão comum e nada mais nos impressiona. Os números e a matemática prostituíram nosso sentidos e nos tornamos doutores e mestres na arte da insensibilidade. Enquanto isso, fingimos que tudo isso é normal.



nEle, em quem vivo e dissolvo meu eu,
Oppositer

Nenhum comentário:

Postar um comentário